A residência é um mundo totalmente diferente da faculdade
"Sempre quis ser anestesista, então durante a faculdade eu tive a oportunidade de acompanhar alguns anestesistas, porém eu não tinha ideia da dimensão que era o mundo da anestesiologia. Quando fui escolher os lugares para prestar a prova de residência eu escolhi o CET no qual eu tivesse uma boa teoria e prática, e com a CARP eu consegui. Nós temos aulas semanais, trabalhos ,TCC anual e provas trimestrais que nos fazem estudar semanalmente. No R2 passamos pelo estágio da CTI que são pacientes graves, sendo de grande valia para manejo desse tipo de paciente, assim podemos acompanhar o paciente no pré, intra e pós operatório, sendo possível ver o desfecho da anestesia. Além de passarmos grandes parte no centro cirúrgico, passamos no consultório para avaliação pré anestésica, assim conseguimos desmitificar o grande medo dos pacientes da anestesia , criamos uma relação médico- paciente, esclarecemos dúvidas e explicamos como será no dia do procedimento, então proporciona a segurança do procedimento anestésico-cirúrgico diminuindo as complicações inesperadas. Durante o R2 aprendemos o manuseio do USG e stimuplex e relembramos a anatomia para ter uma melhor analgesia intra e pós operatória, também somos capazes de darmos algumas condutas anestésicas, e realizarmos alguns procedimentos sozinhos, tendo refinamento na escolha da anestesia. Na nossa escala participamos de cirurgias em lugares particulares e públicos, portanto aprendemos a lidar com diversos tipos de cirurgiões e públicos de paciente, aprendemos também que para a mesma cirurgia há possibilidade de diferentes anestesias. Outro ponto importante que buscava para escolher o local de residência era ter capacidade de anestesiar desde recém nascidos até idosos, em momentos de emergência e cirurgias de grande porte como neurologia e cardíaca, na nossa residência passamos por todos esses estágios e somos hábeis a anestesiar os mais diversos públicos de paciente e usar vários tipos de monitorização. A residência é um mundo totalmente diferente da faculdade, na residência temos uma grande carga horária, portanto, ficamos mais no hospital do que na nossa própria casa, muito exaustivo e como a anestesia em muitas faculdades não há internato várias procedimentos e equipamentos são vistos pela primeira vez em um ambiente que não frequentamos muito que é o centro cirúrgico. Então é uma área que exige muito estudo e dedicação sendo uma realidade nova para o R1. Então, com a CARP consegui atingir meus objetivos de formação tanto prática quanto teórico."
Luiza Paola Calderon Tranquillini
Ex-residente formada.